A vida não vem em gavetinhas

1 de jun. de 2012


Excelente texto que compartilho com vocês!
Um ótimo fim de semana e que o mês que se inicia seja maravilhoso!!


Brasileiro adora moda. Não só a moda de roupas, sapatos, sandálias, gravatas, pulseirinhas. A gente gosta de coisas que pegam. A moda pode ser um assunto, uma CPI, um bordão, um vídeo no You Tube, e até uma lei.
O mundo do trabalho também tem suas tendências. Ora a moda é produzir e criar em equipe, ora é se isolar e buscar na concentração individual as soluções. Ora é se inspirar ouvindo música no último pino, ora é buscar insumos criativos no silêncio zen.
A novidade é que a moda está perdendo seu caráter excludente. Deixando de ser um fla-flu. Assim como é possível combinar terno com tênis de corrida, saia com meias três quarto, é saudável eliminar os ora isso, ora aquilo.
É mais inteligente pensarmos em termos de "depende".
Pode ser que derrubar paredes, superar nichos, pôr todo mundo se vendo seja uma boa ideia para dinamizar o ambiente de trabalho. Pode ser que dispor uma mesa em frente da outra facilite a integração.
Do mesmo modo que erguer divisórias, projetar pequenas salas, separar fisicamente as pessoas, pode ser uma boa ideia para otimizar os resultados do trabalho. Talvez as pessoas precisem de privacidade para focar na resolução dos problemas, para se aprofundar no essencial.
Se levássemos mais a sério o contexto, não bateríamos tanto a cabeça e nem ficaríamos tão suscetíveis aos modismos. Trabalhar em um salão aberto pode ser bom. Trabalhar dentro uma salinha pode ser legal também.
Esses dois jeitos, ou um terceiro, levam a experiências diferentes, mas não necessariamente uma é melhor do que outra. Depende. Do que exatamente? De como vai o nosso espaço e mobiliário interior. Depende de qual moda nos habita no exato momento ou fase que estamos vivendo.
Pois temos a cabeça redonda para mudar de ideia. Se todos têm um pouco de médico e de louco, também temos um tantinho de experimentador. Vamos vestindo modos diferentes de atuar e funcionar.
Ficar quieto ou falar, estar colorido ou cinza, tirar de dentro ou procurar fora, dependerá do contexto. Daquilo que está adjacente. Das tais circunstâncias paralelas que nos acompanham sempre. Graciliano Ramos escreveu, atrás das grades, o Memórias do Cárcere com um lápis preto número 2. Um grande livro.

Texto do site Mente Aberta

Um comentário:

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