A elegância no comportamento

14 de out. de 2010

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara : a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
 É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
 É uma elegância desobrigada.
 É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.  Nas pessoas que escutam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.
 Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
 É possível detectá-la em pessoas pontuais.
 Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
 Oferecer flores é sempre elegante.
 É elegante não ficar espaçoso demais.
 É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer...
 É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
 É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
 É elegante retribuir carinho e solidariedade.
 É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...
 Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
 Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
 É elegante a gentileza; atitudes gentis falam mais que mil imagens...
 Abrir a porta para alguém? É muito elegante.
 Dar o lugar para alguém sentar? É muito elegante.
 Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...
 Oferecer ajuda? Muito elegante.
 Olhar nos olhos ao conversar? Essencialmente elegante.
 Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
 A saída é desenvolver em si mesma a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".
 Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe: não é frescura.
Martha Medeiros

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