gerenciando a crise |
Crises sempre vão existir, mas assim como começam, um dia acabam. O fundamental é entender que é possível não apenas sobreviver profissionalmente, mas até sair fortalecido delas. No entanto, o profissional precisa adotar uma série de atitudes para manter o seu valor no mercado. Neste contexto, a diretora de transição de carreira da STATO, Lucia Costa, preparou 7 dicas para ajudar as pessoas a encontrar seus diferenciais e evitar equívocos neste momento de insegurança.
1. Mais foco e menos preocupação
Não que o momento não exija uma boa dose de preocupação, mas ficar desesperado, não resolve. Na crise, a competitividade aumenta, o clima fica tenso e os ânimos à flor da pele. Lembre-se: para se destacar é preciso ter foco no que importa e fazer a diferença em seu ambiente de trabalho. A sugestão é se acalmar, se organizar, priorizar tarefas e estar disposto a colaborar no que for possível para ajudar a empresa.
2. Faça mais com menos
Reduzir gastos e aumentar o lucro: é isso que um chefe espera de sua equipe, a despeito de qualquer circunstância. O nome disso é ‘produtividade’. Porém, na crise, o que é diferencial torna-se vital. Apesar do impulso natural mais comum é o de ser reativo diante de dificuldades e fazer apenas o necessário por medo de errar ou por insegurança, a orientação é que o profissional adote uma postura contrária. Saia da zona de conforto e fique de olho nos resultados, faça o que é obrigatório de maneira mais rentável e rápida, para que esteja à disposição em caso de alguma outra oportunidade na sua área ou em outras. É um bom momento para ir além e propor soluções novas para velhos problemas já conhecidos na companhia.
3. Evite o clima de catástrofe
Em hipótese alguma, fique nos corredores da empresa reclamando, alimentando boatos de que a empresa está mal ou vai demitir. Ficar parado esperando a crise passar também não ajuda. É hora de pensar em como ajudar a empresa a enfrentar os desafios atuais e buscar alternativas no trabalho. Não deixe se afetar pelo pessimismo, seja resiliente e tenha capacidade de improvisar. Fuja de qualquer rodinha de fofocas. Profissionais que reagirem rapidamente vão se sair melhor, adaptando-se às mudanças e exigências dos novos tempos. Quem você vai querer ser depois da crise?
4. Economize o máximo que puder
Aqueles que não têm poupança e gastam tudo o que ganham, sofrem muito quando chega uma crise. Falta de dinheiro afeta o desempenho do profissional e o problema só aumenta se perder o emprego. E se em um momento de crise é impensável falar em aumento de salário, é uma boa hora para rever suas despesas. Por isso, se for possível, poupe, mesmo que seja pouco. Faça uma revisão em suas finanças e de seus dependentes. Sua saúde financeira é fundamental para manter o foco neste momento profissional.
5. Invista em educação, atitude e competências
Quem se acomodou e não planejou sua carreira, fica desesperado quando uma crise começa, porque se coloca sempre na frente da fila das prováveis demissões. Mas nunca é tarde para investir na carreira. Busque se especializar e destacar suas habilidades, seja expert em sua área, não importa qual seja. É importante investir em atualização, qualificação e aperfeiçoamento, buscando cursos de idiomas, especializações e MBAs, mas saber se relacionar com equipe, pares e superiores é um grande diferencial competitivo. Seja comprometido no trabalho, cuidadoso com os relacionamentos profissionais e com a sua comunicação. As atitudes mais desejadas em tempos difíceis são aquelas de valores positivos, como ética, colaboração e transparência, além da capacidade de automotivação, autoconfiança e agilidade.
6. Considere modelos diferentes de carreira
Em um ambiente estável, o modelo de uma boa carreira pode ser marcado por estabilidade no emprego, promoção e regras bem definidas. Mas surge no meio da crise e das mudanças sócio econômicas, carreiras alternativas, ainda em caráter emergente que vem com mais flexibilidade, descontinuidade e podem ser boas para os profissionais. Com as reestruturações das empresas surgem novas redes de trabalho. Fique atento para ver se sua função não está sendo praticada de outra forma no mercado – como terceirização? prestação de serviços? parcerias? consultoria? projetos? free lancer? gestão interina? Esteja pronto para mudar. Já a opção empreendedora parte do princípio do sucesso e risco individual, com base no talento e no trabalho. Além de ter que ser mais autônomo, criativo e inovador, o empreendedor tem que ser capaz de correr riscos. Tome cuidado, nem todos têm perfil e folego financeiro para abrir um negócio.
7. Segmentos menos afetados
Por incrível que pareça, há oportunidades na crise. Pesquise mercado e maximize seu networking. Ambientes de fusão e consolidação de negócios geram demissões num primeiro momento, porém novos perfis profissionais são requisitados. Posições novas podem ser abertas com funções próprias para esse momento. Áreas de controle de processos, financeira e tributária tornam-se prioritárias, à medida que a governança corporativa ganha destaque. Há ainda oportunidades pontuais em setores como o e-commerce (para onde parte do varejo está migrando), marketing digital, direito empresarial, design gráfico, entre outros.
Ótimas dicas para você e o seu negócio!!
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Beijos
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