Estética: a marca do século XXI

26 de jun. de 2013


A estética será a marca do século XXI, em que as pessoas vão procurar produtos que as deixem belas e em destaque. Quem souber aproveitar esse momento – de produtos diferentes e estética atraente – estará à frente da concorrência. O raciocínio é do professor Silvio Passarelli, diretor da Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), onde dirige o curso de extensão Universo da Beleza, que terminou de formar a primeira turma em maio e prepara a segunda edição do curso para agosto. “Nosso objetivo é analisar a importância do elemento estético no mundo contemporâneo e suas diferentes aplicações”, explica.

Segundo o professor, o tema é amplo, complexo e, até mesmo, polêmico, trazendo a sensação de que se trata apenas do ponto de partida para grandes discussões. Ele lembra que o século passado foi baseado na crença no Estado e nos avanços tecnológicos. “A queda do Muro de Berlim e a tecnologia – que apesar de trazer o progresso material, não trouxe a prometida felicidade – geraram a oportunidade para o surgimento de um novo momento de busca da afirmação do indivíduo”.

Desse modo, a beleza se tornou uma das variáveis mais importantes do século XXI. “O mundo vive hoje o neo-hedonismo, a retomada do prazer e da individualidade, e já se pode falar em uma ‘economia da beleza’, constituída por dezenas de profissões e atividades que respondem por algo em torno de 40% do PIB das economias modernas”, complementa.

A indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, por exemplo, apresentou um crescimento médio de 10% nos últimos 16 anos, segundo a associação do setor. Vários fatores contribuíram para este resultado, como por exemplo, o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho e a ampliação da expectativa de vida, o que traz a necessidade de conservar uma impressão de juventude.

Mas, o Universo da Beleza é muito amplo e envolve outros segmentos, como os da arte, cirurgia estética, cultura, imagem, filosofia, música, moda, nutrição e sociologia, entre outros.

A beleza está no olhar do observador

A questão da beleza talvez seja um dos temas mais debatidos atualmente, devendo-se diferenciar o “belo” e entendê-lo como sendo um estímulo que provoca um estado diferente da realidade cotidiana, suscitando profunda emoção.
São vários os aspectos históricos, sociológicos e filosóficos da beleza em suas diversas manifestações. Etimologicamente a palavra ‘beleza’ significa ‘habitar na casa de Deus’. O conceito de beleza está historicamente ligado à bondade e à verdade. Era belo o que elevava o estado de espírito a boas sensações.

Para o professor Passarelli, o ideal de beleza sofre constantes metamorfoses, porém o que não muda é a busca por ela e sua subjetividade. “A beleza não está no objeto, mas sim no olhar do espectador e esse olhar varia de acordo com a cultura, a época histórica e as concepções filosóficas”, destaca, concluindo que a afirmação da beleza passa pelo ‘espírito’ do observador e coloca a beleza no delicado plano dos sentimentos.

Fonte:         
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