Vença os obstáculos na corrida contra o tabagismo

31 de mai. de 2011

Hoje é dia do Combate ao tabagismo.
Segue um texto da Revista Incorporativa a respeito.


Parar de fumar. Para quem não é fumante, parece ser tarefa fácil. É só parar e pronto. Mas não é bem assim. Para quem alimenta este hábito, seja por costume, dependência ou mesmo motivado por aquela desgastada impressão de elegância que foi atribuída ao ato de fumar, não é uma decisão simples de fazer. Quantas histórias conhecemos de pessoas que largaram o cigarro por alguns dias e depois voltaram? Mas, nem tudo são derrotas. Também existem aqueles que conseguiram se livrar do tabagismo para nunca mais voltar.
De acordo com Sérgio Ricardo Santos, pneumologista, coordenador do Núcleo de Apoio à Prevenção e Cessação do Tabagismo da Unifesp (PrevFumo) e da Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, “para que o fumante mude o seu comportamento, é preciso que ele conheça os benefícios da cessação do fumo”, explica. “A compreensão do seu vício à nicotina e os riscos causados à saúde e à qualidade de vida é fundamental”.
Apesar de saber que o tabagismo é prejudicial à saúde e a principal causa de morte evitável segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o fumante se depara com uma ambivalência nos momentos que antecedem a decisão de deixar de fumar. Perguntas como ‘vale a pena abandonar o cigarro?’, ‘e se eu fracassar?’ ou ‘como será ficar sem cigarros?’ ainda permeiam a mente de grande parte dos fumantes que estão dispostos a seguir em frente com este objetivo e mudar de vida.
“Existe uma rotina a ser seguida. Começar a discutir as vantagens e as desvantagens da mudança é o primeiro passo. Propor a mudança vem em seguida”, informa o pneumologista. Ainda segundo ele, devido às dificuldades físicas e emocionais que esta ação acarreta, a decisão de parar de fumar envolve três fases: negação, contemplação e preparação.
A negação é a primeira fase, marcada pela não aceitação do fumante de que ele possui um problema. “Neste momento, entra a avaliação dos pontos positivos e negativos da mudança de atitude. Quando ele começa a se propor a mudar, chega à segunda fase, que é a contemplação”. A preparação é a terceira: quando a pessoa está pronta para um novo comportamento.
Após passar por essas três fases, começa o verdadeiro desafio: superar a temida síndrome de abstinência. “Ao deixar de fumar, o dependente da nicotina sofre sinais e sintomas intoleráveis, como dor de cabeça, irritabilidade, dificuldade de concentração, compulsão para voltar a fumar, tremores nas mãos, aumento do apetite, entre outros. É nesse momento que surgem as cobranças de amigos e da família que, ao invés de ajudarem, podem enfraquecer a decisão”, alerta.
As mudanças no comportamento e a determinação de quem está disposto a parar de fumar são passos importantes, porém, recorrer ao apoio dos familiares, amigos e de profissionais é fundamental para o sucesso da cessação do tabagismo. Dados da OMS revelam que fumantes que tentam parar de fumar sem ajuda médica têm menor chance de sucesso (uma média de 5%). E mesmo entre os que conseguem largar o cigarro, apenas de 0,5% a 5% mantêm a abstinência por um ano sem apoio médico. “Quanto mais ajuda o fumante recebe para parar de fumar, maiores as chances de sucesso no abandono do vício. A adesão ao tratamento é fundamental”, orienta. Atualmente, o tratamento farmacológico do tabagismo inclui terapias com ou sem a reposição da nicotina, entre elas, medicamentos como Champix (vareniclina), desenvolvido especificamente para tratar a doença.
“Parar de fumar pode exigir esforço do paciente, mas está longe de ser uma missão impossível. Logo nos primeiros dias após a cessação já dá para sentir uma melhora no corpo, que vai aumentando gradativamente e ocupando todo o organismo. Sendo assim, são benefícios pelos quais vale a pena a dedicação”, orienta Sérgio.

Benefícios da cessação do tabagismo
• Aos 20 minutos após parar de fumar:
A pressão sanguínea diminui, a pulsação cai e a temperatura das mãos e pés aumentam;
• Em 8 horas:
Os níveis de nicotina e de monóxido de carbono caem pela metade os de oxigênio aumentam e atingem os valores normais;
• Em 24 horas:
O monóxido de carbono é eliminado pelo corpo, os pulmões começam a limpar o muco e outros resíduos do cigarro e a chance de um ataque cardíaco ou infarto diminui;
• Em 48 horas:
Não há mais nicotina no corpo, as terminações nervosas recomeçam a crescer e a capacidade de sentir cheiro e sabor melhora;
• Em 72 horas:
Respirar fica mais fácil;
• Após 2 semanas a 3 meses:
A circulação melhora, fica mais fácil caminhar e a função pulmonar melhora em até 30%;
• Após 1 a 9 meses:
A tosse, congestão dos seios nasais, fadiga e falta de ar diminui;
• Após 1 ano:
O risco de doença cardíaca coronariana diminui para a metade do de um fumante;
• Após 5 anos:
De cinco a 15 anos após parar de fumar, o risco de derrame reduz ao nível das pessoas que nunca fumaram; 
• Após 10 anos:
Os riscos de câncer de pulmão, de boca, garganta, esôfago, bexiga, rins e pâncreas reduzem, assim como a incidência de úlcera;
• Após 15 anos:
O risco de doença cardíaca coronariana é semelhante às pessoas que nunca fumaram e o de morte retorna a um nível próximo de pessoas não fumantes;
• E mais, ao parar de fumar você:
Terá hálito mais fresco, cabelos e roupas sem mau cheiro, ajudará a reduzir a poluição, economizará dinheiro, se sentirá bem por ter parado e terá maior controle sobre sua vida. Além disso, se for mulher e parar antes de engravidar, reduzirá o risco de aborto e bebê de baixo peso ao nascer. 


Um comentário:

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