Recentemente, em um artigo no jornal Valor Econômico, de Betânia Tanure, professora da Escola de Marketing Industrial e da PUC Minas, comentou-se estatística com executivos brasileiros, onde 84% disseram não estar felizes com seu balanço profissional versus pessoal. Se acreditarmos que competência na vida profissional pressupõe competência na vida pessoal, esta estatística assusta pelo lado negativo, pois, na visão de médio a longo prazo, estes líderes questionariam se valeu a pena tanto esforço e trabalho na vida profissional.
Betânia chamou este indicador de taxa de felicidade. E esta é a pergunta que precisamos fazer para nós, executivos, trabalhadores, líderes empresariais, está “equilibrado” o lado profissional com o lado pessoal? No último evento da HSM, em novembro passado, o consultor empresarial Dave Ulrich, autor de vários livros, enfatizou na sua palestra a importância do significado do trabalho na vida das pessoas. Ou seja, as pessoas que dão significado, importância, sentido ao trabalho, possuem um nível e performance profissional e satisfação pessoal diferentes dos outros que não sentem assim.
Nas empresas, construir um ambiente de trabalho onde as pessoas se sentem comprometidas, engajadas, aliadas e afinadas com metas e objetivos, é o grande sonho das organizações e pessoas. Como no Brasil nós temos um déficit estrutural na educação e formação da população em geral, avançar neste clima organizacional desejado é um grande desafio, porque as pessoas trazem carências estruturais que são maiores que nos países mais desenvolvidos.
Por outro lado, o nosso povo tem uma alma boa e um espírito bom. Este aspecto motiva empresas e empresários a investir nas pessoas, pois elas respondem positivamente aos estímulos positivos gerados por políticas empreendedoras, de visão de longo prazo, que busquem prosperidade da cadeia de stackholders e resultados eticamente obtidos das operações. Resumindo, devendo a tese que vale a pena investir e acreditar nas pessoas como fator de diferenciação para se obter resultados profissionais e empresariais superiores, além de, equilibradamente, investir na qualidade da vida pessoal, como fator de ancorar e dar sentido ao esforço profissional.
O autor, Ricardo Coube, é diretor do Grupo Tiliform
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